terça-feira, 20 de setembro de 2011

Híbridos

Hibridação é o processo de reprodução entre dois animais de espécies diferentes, quando isso for possível. Às espécies geradas através da hibridização, damos o nome de mestiços, ou simplesmente, animais híbridos. Um exemplo bastante simples de animal híbrido é o caso do burro ou da mula, resultante do cruzamento da égua (Equus caballus) e do jumento (Equus asinus).

O fenômeno foi estudado pela primeira vez em plantas, no século XVIII, por Kolreuter. Nem todos os animais híbridos são estéreis. A esterilidade ocorre devido a problemas cromossômicos no processo de meiose, pois frequentemente o cruzamento entre os híbridos se dá entre espécies com número de cromossomos distintos. Assim, as células desses animais vão possuir um número híbrido de cromossomos que terão dificuldades em formar pareamento.

Entre outros exemplos de animais híbridos podemos citar os ligres, animais resultantes do cruzamento entre um leão e uma tigresa; e as zéguas, resultantes do cruzamento entre uma égua e uma zebra. Através de técnicas de engenharia genética, é relativamente fácil criar embriões de animais híbridos em laboratório, porém, novas pesquisas afirmam que o processo de hibridação pode ocorrer de forma natural e espontânea na própria natureza, como no caso dos ursos pinzentos, cruzamento de ursos polares e cinzentos.

Geralmente, surgem novas espécies de animais híbridos na natureza quando alguns animais passam a ter comportamentos diferentes, se isolando do restante do grupo. Além disso, devido à variabilidade genética, alguns animais podem apresentar cores e algumas pequenas diferenças em relação à maioria, os tornando atrativos sexualmente para espécies diferentes da sua.

Devido ao aquecimento global, muitos cientistas acreditam que a hibridação será um processo evolutivo que acontecerá em larga escala. Assim, o ser humano passa a acelerar o processo de hibridação através da destruição de alguns habitats, criação de outros; extinção de espécies, poluição, destruição de cadeias alimentares, etc, forçando as espécies a se adaptarem biológica e geneticamente a essas condições, colocando em risco, a diversidade das espécies e o equilíbrio biológico.


Exemplo de animais híbridos
Existem vários cruzamentos, tais como:
- o de um leão com um tigre que origina um ligre;
- o de um cavalo com uma zebra que origina um zebróide;
- o de um burro com uma égua que origina uma mula ou um macho.



Sistema respiratório

Uma das funções do alimento é fornecer energia para o metabolismo celular. Chamado de respiração celular, esse processo ocorre no interior das células, utiliza na maioria dos organismos, oxigênio e libera gás carbônico.
Componentes do sistema respiratório
·        Narina- primeira barreira física que impede as impurezas (gases, bactérias, etc) “mais grossas” de entrarem. Elas são captadas pelo muco ali presente.
·        Fossa nasal- tubo pelo qual a respiração passa. Possuindo duas funções físicas.
·        1° - capta as menores partículas que passam pela primeira barreira. O responsável por isso é o muco.
·        2°- esquenta o ar, pois se ele entrar muito frio, podemos ficar doentes.
·        Função bioquímica: combate os seres biológicos.
·        3°- na parte de cima da fossa nasal há neuro sensores que identificam características químicas e as transformam em impulsos nervosos.
Quando há uma infecção, seja por vírus, bactérias, etc, que se instala na fossa nasal, ocorre uma maior produção de muco para que essa infecção seja excretada. (daí que surge a explicação de tanto muco quando estamos doentes).
Todos os materiais produzem partículas aerosois voláteis que se propagam no ar e com isso cria-se no cérebro uma memória olfativa.
Você sabia?
O seu olfato escolhe o seu parceiro sexual.
É meio estranho escutar isso, mas é verdade. A explicação é bem simples. O mesmo gene que produz o sistema imunológico é muito similar ao do gene que produz os feromonios que irão te ajudar a escolher o seu parceiro sexual.
Órgãos do sistema respiratório
Ele é divido em:
·        Sistema respiratório inferior.
·        Sistema respiratório superior.
Narina – fossa nasal- faringe (que faz comunicação entre a boca e o nariz) – laringe (interliga dois sistemas, respiratório e digestivo, onde se encontra a epiglote, traqueia e esôfago) – traqueia, brônquios, bronquíolos, e alvéolos pulmonares onde ocorre a hematose.

Diversidade do reino animal

O reino animal é formado por organismos eucariontes, pluricelulares e heterotróficos.
Poríferos- os animais classificados no filo porífera são as esponjas, aquáticos (em sua maioria marinhos), fixos, sem tecidos definidos, nem sistema nervoso. O corpo é revestido por uma camada de células, chamadas de pinacócitos, interrompida por prócitos, células com poros ou óstios, que permitem a entrada de água com alimento e oxigênio.
No interior há uma cavidade- o átrio, espongecele ou espongiocele – e na parte superior, uma abertura maior- o ósculo- pela qual sai à água.
As esponjas não possuem boca, nem cavidade digestória, elas são animais filtradores.

Cnidários-  no filo cnidária (cnidários ou celenterados) estão os corais, as águas- vivas, as anêmonas, as caravelas e as hidras, animais aquáticos, quase todos marinhos.
Há duas formas de animais:
Polipóide ou pólipo- cilíndrica, fixa e com pouca mobilidade, com uma das extremidades apoiadas em um substrato qualquer e a outra livre; a abertura bucal está rodeada de tentáculos.
Medusóide ou medusa- arredondada (em forma de guarda- chuva) e com vida livre (nada ativamente); a boca se localiza na face inferior e na periferia do corpo existem tentáculos.
Há também células urticantes- os cnidócitos (cnido= urtiga), com uma pequena capsula (nematocisto), que injeta por um estilete, uma substancia toxica na pele de quem toca na sua superfície. Essa toxina paralisa e mata os animais que servem de alimento aos cnidários.
Platelmintos- no filo platyhelminthes (platelmintos) estão as planárias, as solitárias, e os esquistossomos, animais de corpo achatado (plato =chato, helminto = verme).
Conhecidos por causar varias doenças, entre as quais está uma doença que é muito comum no Brasil, a doença do caramujo.
Anelídeos- no filo annelida (anelídeos) estão as minhocas, os poliquetas ou vermes marinhos e as sanguessugas.
Estes animais apresentam corpo segmentado(em anéis ou metâmeros). A superfície do corpo é revestida por uma epiderme, com cutícula externa, e pode apresentar pequenos “pêlos” duros (as cerdas), de quitina, que funcionam como âncoras e dão apoio ao animal.
Artrópodes- os artrópodes formam um dos mais numerosos e diversificados grupos de animais.
Tradicionalmente, o filo arthropoda era dividido em cinco classes: insetos (a mais numerosa: besouro, mosca, formiga, abelha, libélula, barata, gafanhoto etc.). Crustáceos (camarão, siri, caranguejo, lagosta, craca, tatu- de – jardim, etc.). Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato, etc.). Diplópodes (piolho-de- cobra ou embuá).
Insetos- em geral, são terrestres. A capacidade de vôo de muitas espécies permite-lhes alcançar com facilidade fontes de alimentos distantes e lhes dá grande poder de defesa e de dispersão. A epiderme impermeável, o tipo de excreção (que economiza água) e ovo coberto por casca possibilitam sua sobrevivência em ambientes secos.
O corpo apresenta três regiões:
- cabeça- na qual estão a boca, um par de antenas sensoriais e os olhos.
-tórax- com três pares de pernas, e em geral, um ou dois pares de asas.
-abdome- no qual está a maior parte dos órgãos internos.
Aracnídeos- o corpo dos aracnídeos está dividido em cefalotórax e abdome. Nos carrapatos essas partes se fundem. Nos escorpiões o abdome está divido em pré-abdome e pós-abdome ou cauda; na extremidade desta está o aguilhão, injetor de peçonha (substancia toxica que o animal injeta ou inocula em outros animais, que quando ingeridos, causam intoxicação não são peçonhento, mas venenosos.)
Quilópodes ou diplópodes-esses animais formavam a antiga classe dos miriápodes, por causa do grande número de patas que apresentam, esse número pode a chegar a duzentos e, nos diplópodes a quatrocentos. A lacraia pode matar presas pequenas com o seu veneno injetado pelas forcípulas. Quando importunados, os embuás enrolam- se e fingem-se de mortos.
Moluscos- o animais do filo molusca (moluscos), são basicamente, marinhos, algumas espécies são terrestres (caracóis), e outras de água doce.   
Equinodermas- os animais do filo Echinodermata (equinodermas) são marinhos e de vida livre: estrelas- do- mar, lírios - do- mar, e ouriços- do – mar. O nome desse grupo decorre da presença de espinhos na pele (equino= espinhos).

Cordados

As características exclusivas dos cordados:
·        Eixo dorsal de sustentação, chamado de notocorda ou corda dorsal, que nos vertebrados é, total ou parcialmente, substituída pela coluna vertebral;
·        Sistema respiratório derivado da faringe, que, pelo menos no embrião, possui fendas branquiais;
·        Sistema nervoso tubular, oco e dorsal, que contrasta com o dos invertebrados (ventral e maciço)
O filo dos cordados está dividido em três subfilos: os cefalocordados, urocordados e vertebrados. Os dois primeiros são chamados de protocordados. Por possuírem crânio que envolve o encéfalo, os vertebrados são chamados de craniatas; os protocordados são acrânios.
Cefalocordados- esse subfilo é representado pelo anfioxo, animal pequeno que lembra um peixe. Vive no mar, quase sempre enterrado na areia. A notocorda persiste por toda a vida e funciona como esqueleto flexível, que serve de ponto de apoio aos músculos. Desse modo, quando os músculos se contraem, ela impede que o corpo do animal encolha o que facilita os movimentos de natação.
Urocordados- esses animais podem ser exemplificados pelas ascídias, que vivem presas a pedras em águas rasas e, às vezes, formam colônias. Os adultos possuem dois sifões: um traz água com alimento (plâncton), filtrado pelas fendas branquiais, e pelo outro saem os resíduos, a água e os gametas.
Vertebrados- a maioria dos vertebrados possui notocorda apenas na fase embrionária, em geral substituída por uma coluna vertebral cartilaginosa ou óssea. As vértebras formam projeções que protegem o tubo neural, cuja região anterior dilatada formará o encéfalo, protegida por placas ósseas (crânio). Eles apresentam um esqueleto interno cartilaginoso ou ósseo vivo, que cresce a medida que o corpo se desenvolve. Esse esqueleto serve também de apoio aos músculos estriados responsáveis pelo movimento.
Os vertebrados apresentam diversos mecanismos de adaptação às variações de temperatura. As aves e os mamíferos mantêm praticamente constantes a temperatura do corpo, apesar das variações térmicas do ambiente; são chamados de homeotérmicos (homeo= mesmo, termo= calor) ou animais de sangue quente.
A maioria dos outros animais não possui um mecanismo fisiológico tão eficiente: se a temperatura do ambiente cair muito, o anima ficará inativo, pois parte do metabolismo será interrompida. Por isso esses animais são chamados de pecilotérmicos, poiquilotermicos, heterotérmicos ou de sangue frio.
Assim os animais podem ser classificados em:
·        Ectotérmicos- usam a energia de fora (do sol) para controlar sua temperatura.
·        Endotérmicos- utilizam a energia do metabolismo para regular a temperatura corporal (aves e mamíferos)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nova ordem da vida

Em sã consciência, poucas pessoas se arriscariam a colocar lado a lado porcos e baleias, como se fossem parentes próximos. Sair chamando galinhas de dinossauros ou cobras, animais rastejantes por excelência, de bichos de quatro patas causaria um grau parecido de estranheza. Contudo, mudanças como essas, com cara de absurdo, mas fundamentadas pela própria historia de vida na terra, são algumas das conseqüências mais instigantes do Phylo Code(abreviação para código filogenético), um novo sistema para denominar e classificar os seres vivos.

O principal idealizador do PhyloCode é o americano Kevin de Queiroz, um californiano de 45 anos que é, ele próprio, um enigma classificatório. "Sim, o meu sobrenome é português", diz Queiroz, "mas o meu avô era mexicano e se chamava Padilla. Ele mudou de nome várias vezes, volta e meia adotando nomes portugueses. Queiroz é o nome que ele usava quando meu pai nasceu." Para completar, o especialista em répteis do Museu Nacional de História Natural, em Washington, também tem sangue japonês. "Acho que meus nomes e meu sangue são bem misturados", brinca.
De qualquer maneira, essa confusão genealógica não atrapalhou os traços característicos da personalidade do pesquisador: ordem, lógica, coerência interna. "Eu sou uma pessoa que se esforça muito para ser logicamente consistente. E, além disso, gosto muito de pensar sobre as consequências lógicas das coisas, e isso às vezes leva a idéias novas, como a nomenclatura filogenética."

Origem da palavra Filogenia
Apesar de esquisita, esta palavra de origem de grega tem um significado simples: a filogenia consiste em olhar a diversidade de formas de vida como uma grande família, organizando criaturas em grupos de parentesco e descendência. Tudo muito de acordo com a biologia evolutiva, sem duvida.

Nomenclatura lineana
Mas acontece que a maneira usada para organizar os seres vivos há quase 250 anos, não leva esse principio básico em conta. De fato, o sistema até hoje usado para designar formas de vida, conhecido como qualquer um que já tenha usado o termo homo sapiens para incrementar uma redação de colégio, é a nomenclatura lineana.
Seu criador, o botânico sueco Carl Von Linné ou Carolus Linaeus (1707-1778), elaborou o conceito de um nome duplo, cujo primeiro termo (Homo) designava o gênero , um agrupamento mais amplo de organismos, enquanto o segundo (Sapiens) era o nome pessoal e intrasnferível de cada espécie. As espécies lineanas eram agrupadas em gêneros, depois em famílias, ordens, classes e reinos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os Cinco Reinos dos Seres Vivos



Como por evidências, a vida se originou no planeta Terra bilhões de anos atrás. Desde então, novas espécies evoluíram a partir de espécies antigas.


Ao mesmo tempo, muitas espécies se tornaram extintas durante o processo de evolução.
A partir de agora, os cientistas identificaram cerca de 1,8 milhões de espécies, que são classificados em vários grupos, com base nas semelhanças e diferenças entre os organismos.




Entre as várias propostas de classificação, o sistema de Carl Linnaeus é o mais aceito. De acordo com ele, os seres vivos são classificados em cinco reinos, com base no modo de nutrição e a organização celular.






Os Cinco reinos dos seres vivos.



No passado, todas as coisas vivas compunham duas categorias, a saber, as plantas e os animais. Organismos que permaneceram estacionários foram categorizados de acordo com as plantas. Pelo contrário, os animais englobaram todos os seres vivos que tinha a habilidade de se mover.
Em um devido tempo, os cientistas descobriram mais organismos vivos que não puderam ser incluídos nas plantas nem nos animais. Esta foi a forma como o sistema de Lineu de classificação taxonômica originou. Vamos discutir em breve a cada um dos cinco reinos dos seres vivos.

  • Reino Monera:-
Os seres vivos incluídos no reino Monera são unicelulares procariontes (organismos que não possuem núcleos ligados à membrana). Os membros deste reino são as bactérias, cianobactérias ou algas verde-azuladas (BGA) e espiroquetas.
Alguns membros do mesmo organismo, se juntam para formar cadeias. Cianobactérias é um tipo de organismo, que é intermediária entre algas (que possui clorofila) e bactérias (é um procarionte). Seu modo de nutrição é por absorção de alimentos através da parede celular.
  • Reino Protista:-

O reino Protista inclui os organismos unicelulares eucariontes, que contém organelas ligadas à membrana. Ela inclui os organismos que não são nem plantas nem animais. Em termos simples, os seres vivos classificados Protista são incomuns e diversas formas, que não podem ser agrupados em nenhum dos quatro restantes reinos.
Por exemplo, os organismos mais simples da Terra, ameba (um protozoário) e algas marinhas gigantes (uma alga) pertencem a este reino. Os membros do reino Protista obtêm nutrição por absorção, ingestão e fotossíntese.
  • Reino Fungi:-
Os fungos constituem um grupo de seres multicelulares, eucariontes, organismos não-móveis que formam hifas e micélio. Membros pertencentes a este reino faltam clorofila, portanto, eles são diferenciados das plantas.
O tipo de organismos classificados como fungos incluem bolores, leveduras, sujeiras e cogumelos. Seu tamanho pode variar desde pequenas leveduras microscópicas de cogumelos.
Fungos derivam seus nutrientes por absorção de mortos e em decomposição de materiais orgânicos.
  • Reino Plantae:-
Reino Plantae engloba seres multicelulares, eucarióticos, não móveis, mas coisas vivas. O tipo de organismos incluídos neste reino são algas, musgos, samambaias, plantas que não florescem.
Estes organismos contêm os pigmentos fotossintéticos, chamados clorofila. Assim, eles sintetizam seu próprio alimento através da fotossíntese, que ocorre na presença de dióxido de carbono, água e luz solar.
  • Reino Animalia:-
Animalia são grupo de multicelulares, eucarióticos são seres, coisas vivas que se movem. Membros pertencentes à Animalia são insetos, vermes, peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos.
Eles não podem sintetizar alimentos e o seu modo de nutrição é através da ingestão de alimentos. Eles podem se alimentar tanto de plantas ou outros seres vivos.
É de notar que os vírus e outras entidades não-celulares não estão incluídos na classificação dos seres vivos. Nos últimos tempos, os cientistas ainda dividiram o reino Monera em eubactérias e arqueobactérias.
O primeiro refere-se a bactérias verdadeiras, enquanto este último engloba os organismos como bactérias que se adaptam a condições ambientais extremas, como fontes termais e chaminés vulcânicas.